Os Microempreendedores Individuais (MEIs) registram a maior taxa de encerramento entre os Pequenos Negócios. Conforme um estudo conduzido pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal do Brasil e pesquisas de campo realizadas entre 2018 e 2021, e com informações atualizadas em 29/03/2023, entre as empresas que fecharam as portas em 2020, observou-se o seguinte:
- Uma proporção maior de pessoas que estavam desempregadas antes de iniciar seu empreendimento;
- Menor experiência ou conhecimento prévio no ramo de atuação;
- Maior quantidade de empreendimentos abertos por demanda de clientes ou fornecedores;
- Maior número de negócios iniciados por necessidade;
- Maior parte dos empreendedores tinha menos conhecimento sobre aspectos relevantes do negócio;
- Acesso reduzido ao crédito, tanto em solicitações quanto em aprovações;
- Menor iniciativa para aprimorar o negócio;
- Menor investimento em capacitação;
- Quase metade das empresas que fecharam em 2020 atribuiu o fechamento à pandemia.
Os MEIs apresentam a maior taxa de encerramento entre os Pequenos Negócios, com 29% fechando após 5 anos de atividade. Por outro lado, as Microempresas (MEs) têm uma taxa intermediária, com 21,6% encerrando após 5 anos, enquanto as Empresas de Pequeno Porte (EPPs) registram a menor taxa de mortalidade, com 17% encerrando após o mesmo período.
O setor com a maior taxa de encerramento é o comércio, com 30,2% fechando em 5 anos, enquanto a indústria extrativa apresenta a menor taxa, com 14,3% fechando no mesmo período.
Os principais fatores que contribuíram para o fechamento dos negócios incluem:
- Preparo pessoal inadequado: A média de desemprego era de 42%, chegando a 59% entre as empresas fechadas. Mais de 40% dos entrevistados eram funcionários antes de iniciar seus negócios, e uma proporção significativa não realizou capacitação. Entre as empresas em atividade, a maioria iniciou seus negócios identificando uma oportunidade.
- Planejamento deficiente do negócio: 17% não elaboraram nenhum plano, e 59% planejaram apenas para um máximo de 6 meses. Muitos não coletaram informações relevantes antes de iniciar seus empreendimentos.
- Gestão inadequada do negócio: Empresas que sobreviveram mostraram-se mais proativas na gestão, com a diferenciação e adaptação de produtos e serviços sendo estratégias importantes para a sobrevivência.
- Impacto do ambiente (pandemia): Mais de 40% citaram explicitamente a pandemia da Covid-19 como um dos principais motivos para o fechamento, com uma menor proporção de empresas fechadas tentando e conseguindo empréstimos.
Ao analisar a sobrevivência por setor, constatou-se que o comércio apresenta a maior taxa de encerramento, seguido pela indústria de transformação e serviços. As menores taxas estão na indústria extrativa e na agropecuária.
Minas Gerais possui a maior taxa de encerramento (30%), seguido pelo Distrito Federal, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, todos com 29%. Amazonas e Piauí registram as menores taxas (22%), seguidos pelo Amapá, Maranhão e Rio de Janeiro (23%). Investir em capacitação é fundamental para aumentar a permanência das empresas no mercado, e a IAMPES oferece um suporte abrangente para evitar o encerramento prematuro de sua empresa.